segunda-feira, 6 de maio de 2013

BATUQUE NA COZINHA EM BH, SINHÁ QUER!




Os criadores de Cultura das camadas populares de Belo Horizonte pedem licença e querem passar. E querem ver muito mais gente produzindo e interagindo culturalmente, e acreditam nisso, nos processos culturais com larga participação popular como forma de contribuir substancialmente para a reflexão, compreensão e superação de muitas questões sociais. Isso e mais fica claro na entrevista que o músico, sambista e radialista Carlinhos Visual, morador do conjunto Santa Maria, deu ao blog. É o autor do samba 'Serrinha', uma exaltação do morro da Serra, como ele diz. E lá, no Centro Cultural Vila Marçola, ocorrerá no sábado 11 de maio, a partir das 14 horas, a festa de 8 anos do programa 'Batuque na cozinha', que o radialista leva ao ar na radio da UFMG, 104,5 FM. Afinal, o morro tem que ter vez, e aí toda a cidade vai cantar.

Carlinhos Visual, à direita, com o sambista carioca-mineiro Graveto, filho talentoso do Claudionor da Mangueira

Blog - Carlinhos, Você está promovendo a festa de 8 anos do programa 'Batuque na cozinha'. Como vai ser isso, o que vai rolar lá?

Carlinhos Visual - Vai rolar uma palestra sobre a história do samba de BH, feita pelo Marcos Valério, vamos levar artistas locais para cantar e até mesmo falar de suas vidas de sambistas, como chegaram no samba, o que o samba significa em suas vidas, por aí...

Blog - O Marcos Valério, diretor do documentário Roda, sobre a história do samba e sambistas de Belo Horizonte?

Carlinhos Visual - Sim, ele mesmo, e você, o Mosaico. A gente escolheu para fazer a festa no Centro Cultural Vila Marçola porque lá está o povo carente, e que gosta de cultura e tá precisando também, né?

Blog - E é necessário envolver as pessoas como participantes ativas e criativas no processo cultural, não só como espectadoras, né Carlinhos, intervindo no processo cultural?

Carlinhos Visual - Claro, é isso! E tem que ser assim, para ser o maior sucesso. O Serginho BH, o Nonato e outros que têm também vários projetos para melhorar e divulgar o samba de BH estar lá. E temos que alertar todos que estão envolvidos com Cultura que têm projetos, que gostam de cultura que não parem, que continuem insistindo, correndo atrás, que isso vai ser bom para todos nós, pra toda sociedade.

Blog - Carlinhos, no início dos anos 2000 você desenvolveu um projeto com o samba, inclusive inaugurou esse projeto no teatro Chico Nunes. Fale um pouco disso pra gente.

Carlinhos Visual - Pois é, foi o festival 'Canta samba, BH'. Ajudou também a levantar a auto estima de sambistas e artistas que estavam muito isolados, inclusive pela mídia., sem condições de gravar um CD, então sem espaço na mídia, né, ficando abandonados e com muito talento. Em BH não se investe muito em Cultura como deveria.

Blog - Na forma de maior participação popular como já falamos e de resgate desses talentos?

Carlinhos Visual - Sim. Tivemos que parar, então, mas quem sabe agora, constituindo parcerias pro projeto popular, como você tá solidário, ajudando, o Marcos, a gente pode voltar a fazer a coisa acontecer. A fazer o 'Canta samba, BH'!


O documentarista e historiador Marcos Valério, diretor do filme Roda, que proferirá palestra no evento




Sambistas convidados

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